Antes de comprar uma casa, deverá ter em conta…

Sílvia Cardoso—homify Sílvia Cardoso—homify
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Ter casa própria é um objectivo de vida de muitas pessoas. Trata-se de um grande investimento—porventura o maior de sempre—e não deve ser feito de ânimo leve, tampouco precipitadamente. Há uma panóplia de factores a considerar antes de tomar uma decisão. A ideia é que não se arrependa da sua escolha e que se sinta bem ao longo de muito tempo na casa que escolheu.

Neste processo de comprar casa, a razão deve ganhar à emoção. Há muitos imóveis que nos apaixonam, mas nem todos correspondem às nossas necessidades e/ou orçamento.

Com esta premissa em mente, deixamos-lhe uma espécie de guia com os vários tópicos que deve ponderar antes de assinar uma escritura e pegar nas chaves que abrem a porta para uma nova fase da sua vida.

Leia-os com atenção e, já agora, não deixe de reparar nas imagens com incríveis casas projectadas por profissionais de todo o mundo registados na homify.

Vamos a isso.

Razões para comprar a sua casa

Não raras são as pessoas que preferem arrendar em vez de comprar. Todas as opções têm prós e contras, mas há, sem dúvida, motivos muito válidos e fortes para comprar casa. 

Senão repare: 

Pode fazer as alterações que quiser quando quiser: numa casa arrendada, tem sempre que pedir autorização ao senhorio o que acaba por ser uma grande limitação. Pode personalizar o espaço por via da decoração, mas não é provável que possa imiscuir-se em grandes mudanças estruturais. Numa casa própria, isto não acontece. Desde que haja vontade e orçamento para pôr em prática as suas ideias, é só pôr mãos à obra sem esperar pela autorização de terceiros. Só assim poderá ter uma casa à sua exacta medida. 

Não tem data limite para sair: a casa é sua, logo pode habitá-la durante toda a vida. Há ideia mais apaziguadora do que esta? Pelo contrário, numa casa arrendada, estará sempre permeável às decisões do senhorio que, a qualquer momento, lhe pode levantar um problema e dizer que precisa da casa. Para além disso, numa casa própria, não está sujeito a aumentos de renda. Claro que há senhorios amáveis e pouco problemáticos, mas nada como ser totalmente independente!

Pode poupar na energia: água, luz, aquecimento… há contas às quais ninguém se pode escapar. Mas, com as soluções energéticas modernas que caminham no sentido de um desenvolvimento sustentável, já pode ter uma casa amiga do ambiente e reduzir muito os seus gastos ao final do mês. Mesmo que tenha que fazer um investimento inicial—para pôr painéis solares, por exemplo—a longo-prazo vai constatar que foi a melhor decisão que tomou.

Dinheiro que fica: cada vez que paga a renda, está a gastar dinheiro que não vai reaver para morar na casa de outrem. Pelo contrário, ao comprar uma casa, está a aplicá-lo num bem que é seu. 

Património: comprar uma casa é investir no seu património. É uma compra sua, mas que pode deixar aos seus filhos ou a quem desejar. Ninguém fica indiferente a esta ideia de assegurar o futuro dos que são próximos. 

Estas são apenas cinco razões entre tantas outras. Convencido?

Por que é importante adaptar a nossa casa a nós?

Antes de comprar uma casa, faça uma lista daquilo que pretende que ela inclua (jardim, piscina, cave, sala de jogos, quarto de hóspedes, sótão, um piso ou mais?). Se é para fazer um investimento, então tem que pensar a longo-prazo e determinar quais são as suas necessidades e aquilo que procura quando chega a casa. 

Se, por exemplo, está a começar uma vida a dois e a ideia é aumentar a família, é oportuno procurar um imóvel com quartos adicionais e espaço para as crianças brincarem. 

Por outro lado, se é prevenido e está a pensar nos anos após a reforma, será pertinente investir numa casa que lhe ofereça conforto e funcionalidade para quando for mais velho. Isto pode implicar não ter escadas, ter casas de banho com base de duche em vez de banheira, entre outras coisas. 

Também deve pensar no contexto em que a casa se insere. Há quem prefira estar perto de tudo, há quem queira afastar-se do reboliço da cidade e investir numa casa nos subúrbios, mais retirada e silenciosa. 

É extremamente sociável e adora receber pessoas? Não abdique de uma casa espaçosa onde possa reunir todos os seus amigos e família.  

Lembre-se que, ao considerar a sua lista de necessidades, vai conseguir afunilar o tipo de casas a visitar, tornando o processo de procura muito mais rápido. 

Quão grande deverá ser a casa?

Na impossibilidade de todos comprarmos uma mansão ’hollywoodesca’, importa ter em conta o nosso estilo de vida e determinar, segundo o mesmo, o tamanho da casa. Este ponto anda de mãos dadas com o último e com o tipo de pessoa que é. Pense se passa muito tempo em casa ou nem por isso, se recebe convidados com frequência, se tem necessidade de generosas áreas de armazenamento, qual o seu agregado familiar e qual a sua disponibilidade financeira e de tempo (uma casa grande dá mais trabalho a manter). Deve, também, pensar a longo-prazo. No caso de querer constituir família ou de planear ter um parente idoso a morar consigo no futuro, as prioridades mudam. 

A ideia de uma casa muito grande pode ser apelativa, mas as casas mais pequenas também têm as suas vantagens. São mais acolhedoras, são mais fáceis de mobilar, de limpar e de manter, aproximam as pessoas, apelam ao convívio e gastam menos em termos energéticos. Contudo, também se podem tornar apertadas se a família for grande. 

Hoje em dia, existe a opção das casas modulares que podem ir sendo ampliadas conforme as necessidades. Na homify, temos alguns projectos com casas dessa tipologia. 

A localização é importante!

Como mencionámos, há pessoas que procuram casas em zonas mais sossegadas e que tendem a ser mais afastadas de tudo e outras que preferem ter tudo aquilo de que precisam por perto. 

A localização é um dos factores cruciais a ter em conta aquando da compra de uma casa. Antes de mais, os preços variam consoante as zonas. Assim, em função do seu orçamento, pode logo descartar algumas áreas. Depois, deve considerar o seu local de trabalho. Ter que percorrer, todos os dias, uma longa distância entre a casa e o trabalho é deveras cansativo. Perde-se tempo livre e horas de sono. No caso de ter filhos, é conveniente verificar se há escolas na proximidade (desde a creche ao secundário), de preferência servidas com bons transportes públicos ou cuja distância permita que o caminho se faça a pé. Se quer estar perto dos seus, não deixe de o fazer. Os seus amigos e familiares até podem dar-lhe boas referências e conhecer imóveis que estejam à venda perto do local onde moram. Ter ou não carro também pesa na decisão. O carro dá-lhe uma grande independência e aproxima-o de tudo. De resto, mas não menos importante, não deixe de averiguar se há supermercados nas redondezas, assim como outros serviços como bancos, farmácias, hospitais, e assim por diante. 

O que é essencial para a casa?

Por muito que se identifique em termos de estilo com uma casa, há aspectos mais importantes que não devem, por isso, ser descurados. 

Antes de mais, averigúe a qualidade da construção. Peça a um técnico ou a engenheiro para avaliar o imóvel. Só assim conseguirá obter uma opinião imparcial sobre a qualidade dos materiais e dos acabamentos. Saiba quais são os limites da propriedade, as servidões e a natureza do terreno (por exemplo, medição de água no terreno). Pergunte, também, com o que se pode antecipar a estrutura da construção (se vão construir ao lado ou em redor). 

Importa, ainda, que a casa tenha boa exposição solar. Pode canalizar essa energia para painéis solares que suportem os seus gastos energéticos, já para não mencionar que uma casa com melhor exposição tem mais valor. E por falar em energia, pergunte que tipo de energia a casa tem. Hoje em dia, já não há desculpas para não optar pela via sustentável. Peça, também, o projecto de construção e faça um bom estudo da área de implantação. Questione se a casa vem ou não equipada. Pode conseguir negociar, por exemplo a integração de uma cozinha equipada. 

Decoração básica?

Een huis om van te dromen: de villa in Blaricum, Kabaz Kabaz Modern houses

Comece pelos móveis principais que são, também, os mais caros e os que ocupam mais espaço. Entre eles estão os armários de cozinha, o sofá, a mesa de jantar e a, como não podia deixar de ser, a cama. Os restantes podem vir depois, a pouco e pouco, assim como os objectos de decoração mais ornamentais. A iluminação é também uma das prioridades. São os pontos de luz que tornam os ambientes funcionais, confortáveis e aconchegados.  

Como posso encontrar profissionais de construção de casas?

Não vá mais longe. A homify é o sítio certo. Não vendemos casas, mas temos uma lista imensa de arquitectos e outros profissionais da área distribuídos por várias áreas de residência em todo o país. Para os encontrar, basta carregar onde, no topo da página, diz profissionais e seleccionar na coluna do lado esquerdo a palavra arquitectos. Depois, através do seu código postal, encontre os que estão mais perto de si. Mais abaixo, ainda na coluna do lado esquerdo, tem também a opção construtores, entre muitas outras. Só precisa de carregar no que procura e nós mostramos-lhe tudo. Aventure-se! 

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